Mais uma "descoberta" para a Imprensa
O consumo de melatonina, uma substância produzida no cérebro pela glândula pineal e presente em muitos alimentos retarda os efeitos do envelhecimento. As conclusões do estudo foram publicadas em várias revistas médicas internacionais, nomeadamente na Free Radical Research, Experimental Gerontology, Journal of Pineal Research e Frontiers in Bioscience. O estudo, realizado por uma equipa de investigadores espanhóis liderada por Darío Acuña Castroviejo, director da Rede Nacional de Investigação do Envelhecimento, da Universidade de Granada, baseou-se na análise da função mitocondrial nos ratinhos e verificar a sua capacidade mitocondrial para produzir ATP (adenosina trifosfato), uma molécula cuja missão é armazenar a energia de que cada célula necessita para realizar as suas funções. Ao administraram pequenas quantidades de melatonina nos ratinhos, os investigadores observaram não só que essa substância neutralizava o “stress oxidativo” e o processo inflamatório causado pelo envelhecimento, como retardava os seus efeitos, aumentando por isso a longevidade. A investigação concluiu que a administração continuada de melatonina em animais a partir do momento em que deixam de produzir essa substância (aos cinco meses nos ratinhos - equivalente a 30 anos nas pessoas) poderá prevenir - ou pelo menos retardar - doenças relacionadas com o envelhecimento, os radicais livres e os processos inflamatórios. A melatonina, conhecida como "a hormona do sono", regula os ciclos circadianos (dormir-acordar), sendo a sua produção estimulada pela escuridão e inibida pela luz. A melatonina existe em pequenas quantidades em frutos e vegetais como a cebola, a cereja e a banana, em cereais como o milho, a aveia e o arroz, em plantas aromáticas como a hortelã, a verbena, a salva e o tomilho, e no vinho tinto.
Fontes: Lusa e Imprensa Internacional