As noticias que mais “vendem” são escândalos. Depois do “caso” Depuralina, vimos como agem os média. Os suplementos alimentares hoje apresentam-se das mais variadas formas, e podem ser vendidos sem receitas médicas. Alguns médicos ainda resistem a recomendá-los, insistindo na ideia que pode haver um regime alimentar sem mácula, mas cada vez mais organismos internacionais, apoiados em muitas investigações científicas continuadas, aconselham-nos, talvez a maior organização seja a O.M.S. A Industria dos suplementos tem armas para todos os combates: apetite, envelhecimento, cansaço, falta de memória, disfunções sexuais…e para todos os alvos: crianças, idosos, pessoas com saúde, atletas, grávidas, estudantes…
Embora a Industria Farmacêutica esteja sempre a anunciar novas descobertas para não perder o mercado multimilionário do combate aos sintomas, os suplementos alimentares assentam geralmente em complexos vitamínicos, minerais e nutrientes estudados desde há muito. O “segredo” está em compreender as necessidades de cada pessoa e na interacção entre elementos, dado que uns podem anular ou potenciar o efeito de outros, consoante as combinações aplicadas a cada caso. Os estudos científicos atestam que há suplementos capazes de alterar o desempenho do organismo mesmo sem dietas rigorosas ou exercício físico. Isto não quer dizer que quem os tome, descuide a alimentação e que não faça exercícios físicos, o que só irá melhorar os resultados esperados.
As Doses Diárias Recomendadas ( DDR )- Não basta engolir um suplemento “cheio” de vitaminas, minerais e ervas para que o corpo as absorva. É preciso haver biodisponibilidade. Se não, pode haver rejeição do que se ingeriu. A eliminação pode ser por excesso do nutriente ou por inibição da absorção. Por exemplo se tomarmos suplementos de minerais, com fibras, a absorção dos minerais é drasticamente reduzida. Já as vitaminas lipossolúveis, conseguem acumular-se e formar “reservas”, as hidrossolúveis, dos complexos B e C quando são ingeridas em sobre dose, são eliminadas pela urina. Algumas correntes médicas alertam para o eventual perigo de ingestão de DDR superiores ás recomendadas, mas os casos relatados de toxidade são muito raros . O problema é que essas correntes médicas pararam no tempo, ou seja as DDR actuais foram estabelecidas em 1940, os factos é que o meio-ambiente, a agricultura, os hábitos alimentares, tudo se alterou de tal maneira que não é provável que se possam aplicar os mesmos conceitos de 1940. Por exemplo foi estabelecido que a DDR para a vit. C (fosse de 60mg/dia), o que era a quantidade necessária para evitar o escorbuto, quando hoje temos a poluição e a radiação magnética que acelera a oxidação das células, o que nem sequer existia na altura ! Hoje sabe-se que a vit. D em quantidade de 1000 a 2000 unidades/dia tem um papel fulcral na osteoporose, e a DDR para a vit. D não ultrapassa as 200 !
Mas quem se responsabiliza uma vez que a grande maioria dos médicos não têm formação nessa área? Os suplementos não são medicamentos, Inserem-se na categoria “géneros alimentícios”e têm legislação especifica (Decreto-Lei 136/2003 que transpõem a directiva Comunitária 2002/46/CE do Parlamento Europeio)